sábado, 17 de setembro de 2011

PET, criatividade & Sustentabilidade








Com a facilidade das compras em supermercados e feiras livres, deixou-se de se cultivar hortaliças e temperos dentro de casa. A ideia é reaproveitar materiais que iriam para o lixo para cultivar suas próprias hortaliças!!!



http://viver-sustentavel.blogspot.com/2008/11/mini-horta-suspensa.html

Exclusão, educação e pósmodernidade

O tema da aula de sábado: Exclusão, educação e pósmodernidade - me motivou a pensar sobre: LIXO + CRIATIVIDADE = ARTE


Segundo o dicionário Aurélio: Arte é o "conjunto de preceitos para a perfeita execução de qualquer coisa; atividade criativa; artifício; ofício; profissão; astúcia; habilidade".

No documentário exibido, “Lixo extraordinário”, o artista Vik Muniz, além do objetivo inicial de desenvolver um trabalho artístico utilizando os detritos encontrados no aterro de lixo - o refugo, como menciona BAUMAN- possibilitou a aqueles que inicialmente posaram e serviram de inspiração para a execução das obras, um olhar criativo sobre todo o material que compunha as montanhas de lixo no aterro de Gramacho. Em entrevistas concedidas Vik Muniz menciona:

"O lixo apareceu inicialmente como material, pela razão de ter, falando como artista, essa tendência à invisibilidade. O lixo está sempre sendo escondido, guardado. Ninguém quer vê-lo porque ele remete a uma série de referências negativas, como a morte e a passagem do tempo".

Com relação ao lixo, percebemos a repulsa de alguns, a necessidade, mas também a criatividade de outros em viazualizar naquele refugo uma nova possibilidade de uso, no qual fora descartada por outrem; como os livros que são jogados no lixo. Por que não doa-los? Dar para alguém? Direcionar a alguma Biblioteca pública? Enfim, assim como: roupas, calçados, móveis... ha sempre quem dê uma utilidade ao que talvez já não seja tão útil em algum lugar.Por vezes, o que nos falta é um pouco de solidariedade...

Observando cada personagem que foi surgindo ao longo do primeiro contato do artista Muniz com o aterro, muitos deles também se sentiam excluídos e já não viam outra opção de ofício para viver ou sobreviver. Mas ao filnal do documentário, toda a trajetória serviu de motivação para traçar novos ideais, já que a atual situação incomodava muitos deles. Percebemos que com criatividade, muitos cidadãos não se deixam abater por suas origens, sua situação econômica, raça etc., cada um possui uma motivação interior para inovar!


Faço a menção de alunos meus que em seu dia-a-dia catam latinhas! Um em especial(com 81 anos, aposentado), anda sempre com uma sacolinha no bolso prevendo as possibilidades de achar algumas latinhas em seu percurso. Se dispõe a mais este trabalho para compor a renda da família, com satisfação! Um casal, em suas caminhadas matinais, também carrega uma sacola, pois acreditam que ao realizar as atividades de caminhada seja possível não apenas dar ao corpo e a mente uma melhor qualidade de vida, mas com o pouco, contribuir para com o meio ambiente e também na reda familiar.



Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/meio-ambiente-arte-com-lixo-e-exemplo-de-sustentabilidade=f673153#ixzz1XqGgCWsq

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Pósmodernidade e educação: primeiras aproximações








Como educadores e professores, vivenciamos este período da pósmodernidade. Percebemos e refletimos sobre o uso das tecnologias, a inovação das pesquisas científicas, o avanço dos meios de comunicação digital, enfim, a cada instante ideias e apetrechos tecnológicos vão surgindo, superando os demais. E estes também vão sendo inseridos no ensino, como a utilização do Blog na construção de um diário de bordo referente aos encontros do Curso de Pós-graduação latu senso: Educação e contemporaneidade.

Tendo como base relatos dos alunos da classe de EJA no qual atuo - em sua maioria composta por idosos - estes mencionam em suas experiências durante o período da infância e juventude: sendo moradores da zona rural, ainda crianças ajudavam os seus pais nos trabalhos da lavoura e muitos dos conhecimentos adquiridos (ler, escrever, calcular e conhecimentos pertinentes ao ambiente em que cresciam) foram transmitidos pelos seus próprios pais ou vivenciados durante a vida cotidiana mediante os acertos, erros e perseverança. Assim, o trabalho na lavoura iniciava junto aos pais, os momentos de distração também eram vivenciados junto à família e ainda compartilhados entre os vizinhos, tudo era muito simples, mas as lembranças permanecerem vivas na memória.

Quando surgiram os primeiros televisores no Brasil, ainda em preto e branco, os moradores da localidade se reuniam todos os dias à noite para verem os programas que naquela época passavam; geralmente, estes encontros eram regrados de muita conversa e lanches, pois poucas eram as famílias que tinham condições de adquirir o aparelho e geradores para manter este novo componente; segundo relatos, utilizavam uma bateria, no qual levavam até a cidade para recarregar. Com a chegada da televisão, mais uma forma de “lazer” era inserido neste contexto.

Hoje, a cada modelo que surge, as pessoas correm nas lojas para comprar o que tem de mais moderno, dividem em infinitas prestações nos cartões de crédito, mas se orgulham de poder expor em sua residência um aparelho tão moderno e que ocupa menos espaço, ao contrário dos modelos até então lançados.
E é por meio deste “instrumento”- a televisão, que valores, hábitos são veiculados a aqueles que diariamente se colocam diante dele para ouvir o que é transmitido e, muitas das vezes, sem a opção de reivindicar. Em muitos ambientes, exige-se silêncio total para dar ouvidos ao que é mencionado na televisão, enquanto muitos pais, filhos e demais pessoas que ali residem não dialogam entre si.


Bauman, na introdução do livro: Vida líquida, menciona que a vida líquida é uma vida de consumo; as pessoas e as coisas perdem o seu devido valor, a sua utilidade tem um prazo de validade muito curto. Assim, vivenciamos um período em que as coisas são descartáveis. E aqueles (nossos pais, tios, avós, avôs) que experimentaram um outro tempo, não muito distante, relatam dias em que o conceito de modernidade ou pósmodernidade ainda não fazia parte do cotidiano, realizar as atividades do dia-a-dia requeria formas rudimentares, mas nos trabalhos desenvolvidos havia a participação de todos e o conceito de ensinar/aprender se iniciava, primeiramente, no meio familiar.




Reflexões tendo como base o texto: BAUMAN, Zygmunt. Sobre a vida num mundo líquido-moderno. In: Vida líquida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2007.