sábado, 17 de setembro de 2011

Exclusão, educação e pósmodernidade

O tema da aula de sábado: Exclusão, educação e pósmodernidade - me motivou a pensar sobre: LIXO + CRIATIVIDADE = ARTE


Segundo o dicionário Aurélio: Arte é o "conjunto de preceitos para a perfeita execução de qualquer coisa; atividade criativa; artifício; ofício; profissão; astúcia; habilidade".

No documentário exibido, “Lixo extraordinário”, o artista Vik Muniz, além do objetivo inicial de desenvolver um trabalho artístico utilizando os detritos encontrados no aterro de lixo - o refugo, como menciona BAUMAN- possibilitou a aqueles que inicialmente posaram e serviram de inspiração para a execução das obras, um olhar criativo sobre todo o material que compunha as montanhas de lixo no aterro de Gramacho. Em entrevistas concedidas Vik Muniz menciona:

"O lixo apareceu inicialmente como material, pela razão de ter, falando como artista, essa tendência à invisibilidade. O lixo está sempre sendo escondido, guardado. Ninguém quer vê-lo porque ele remete a uma série de referências negativas, como a morte e a passagem do tempo".

Com relação ao lixo, percebemos a repulsa de alguns, a necessidade, mas também a criatividade de outros em viazualizar naquele refugo uma nova possibilidade de uso, no qual fora descartada por outrem; como os livros que são jogados no lixo. Por que não doa-los? Dar para alguém? Direcionar a alguma Biblioteca pública? Enfim, assim como: roupas, calçados, móveis... ha sempre quem dê uma utilidade ao que talvez já não seja tão útil em algum lugar.Por vezes, o que nos falta é um pouco de solidariedade...

Observando cada personagem que foi surgindo ao longo do primeiro contato do artista Muniz com o aterro, muitos deles também se sentiam excluídos e já não viam outra opção de ofício para viver ou sobreviver. Mas ao filnal do documentário, toda a trajetória serviu de motivação para traçar novos ideais, já que a atual situação incomodava muitos deles. Percebemos que com criatividade, muitos cidadãos não se deixam abater por suas origens, sua situação econômica, raça etc., cada um possui uma motivação interior para inovar!


Faço a menção de alunos meus que em seu dia-a-dia catam latinhas! Um em especial(com 81 anos, aposentado), anda sempre com uma sacolinha no bolso prevendo as possibilidades de achar algumas latinhas em seu percurso. Se dispõe a mais este trabalho para compor a renda da família, com satisfação! Um casal, em suas caminhadas matinais, também carrega uma sacola, pois acreditam que ao realizar as atividades de caminhada seja possível não apenas dar ao corpo e a mente uma melhor qualidade de vida, mas com o pouco, contribuir para com o meio ambiente e também na reda familiar.



Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/meio-ambiente-arte-com-lixo-e-exemplo-de-sustentabilidade=f673153#ixzz1XqGgCWsq

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